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Identificação animal – Microchip

A identificação electrónica de animais de companhia iniciou-se, na Europa, há quase 20 anos.

A identificação de animais através de microchips é um método seguro e que é aplicável à maioria das espécies como cães, gatos, aves, equinos, répteis e animais exóticos.

Com a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 312/2003 de 17 de Dezembro de 2003, passou a ser obrigatória a identificação por microchip cães das raças consideradas perigosas, cães perigosos, cães com que participem em actos venatórios e animais de reprodução com registo em Livro de Origem. Mais recentemente, o carácter obrigatório passou a abranger todos os cães nascidos a partir de 1 de Julho de 2008.

Em Portugal o Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários assinou um protocolo que estabelece a criação e gestão de um banco de dados com a identificação de animais de companhia: SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE ANIMAIS DE COMPANHIA – SIAC.

Bancos de dados semelhantes estão instalados em diferentes países da União Europeia.

Microchip

O microchip possui um código único e inalterável, gravado a lazer e encapsulado num vidro cirúrgico e micro revestido com uma capa de polipropileno, bio-compatível e que impede a migração, do tamanho de um bago de arroz, sendo aplicado por via subcutânea. Assim, depois de aplicado o microchip, este permanece no animal para toda a sua vida, fornecendo um número de identificação exclusivo para aquele animal, que é legível através de um leitor de microchips.

Implantação do Microchip

A aplicação do microchip é um acto médico e, por conseguinte, só o médico veterinário o pode aplicar. Após a aplicação deve ser comprovado se o microchip está correctamente colocado fazendo-se a sua leitura através do leitor, um pequeno aparelho portátil, que exibe no seu visor o código alfanumérico correspondente ao animal.

Para a implantação dos microchips devem ser seguidas as seguintes etapas:

Confirmar a ausência de microchip no animal, através de exploração com o leitor por todo o seu corpo;

Verificar que o microchip que vai ser usado se encontra numa embalagem inviolada e que foi esterilizado de acordo com o indicador visível;

Verificar que o código do microchip é o mesmo que está indicado na embalagem, através da sua leitura prévia à aplicação;

Não necessita de quaisquer anestesias ou sedações, nem geral nem local, assim como tosquias da zona, antes ou durante a implantação;

O animal deve ser contido de forma suave e segura por um ajudante;

O lugar da implantação depende de cada espécie, no caso dos cães é atrás do pavilhão auricular esquerdo;

O microchip deve ser implantado sempre sob a pele do animal;

Uma vez retirada a agulha, aplicar uma pressão digital suave sobre a área de implantação durante alguns segundos;

Explorar de novo o animal, com o leitor, confirmando que o microchip foi implantado na sua posição e é legível;

Vantagens do Microchip

O microchip tem vantagens óbvias sobre os métodos tradicionais de identificação. Em relação às coleiras e etiquetas estas podem ser perdidas ou retiradas. As tatuagens com a morada e o telefone não são muito prácticas, é procedimento moroso e é mais doloroso para o animal e torna-se inútil se houver uma mudança de endereço ou de telefone.

Em caso de perca, não havendo identificação é difícil senão impossível o retorno a casa e aos seus donos. Possuindo um microchip implantado, a pessoa que encontrar o animal ao dirigir-se a um Centro de Identificação ou às autoridades, onde através do leitor, pode ser verificado o seu número e identificado o proprietário no banco de dados do SIRA. Desta forma o animal é devolvido ao seu dono.

Os roubos são outra das situações em que os microchips dão uma ajuda preciosa.